sexta-feira, 9 de abril de 2010

Dançando no escuro (Dancer in the dark - 2000)


Direção: Lars Von Trier
Roteiro: Lars Von Trier
Elenco: Björk, Catherine Deneuve, Jean-Marc Barr, Peter Stormare, David Morse, Vladan Kostig, Cara Seymour e Udo Kier

Nós aqui do blog sempre fomos fãns do Lars Von Trier, da Bjork então nem se fala (menos Anna, mas isso é questão de tempo haahh), então seria mais que óbvio que essa dupla nos surpreendesse com um dos melhores filmes da década. Dançando no escuro é o último filme de uma trilogia (Trilogia Coração de Ouro) iniciado com Ondas do Destino (1996), Os Idiotas (1998) que foi o segundo e finalizado com o Dançando. Lars Von Trier em conjunto com Thomas Vinterberg criaram o manifesto Dogma 95, em que no qual há algumas regras do tipo: não usar trilha sonora, não usar cenários, usar câmaras de mão e outros, porém o único filme que seguiu esse preceito foi Os Idiotas. Nós trocaríamos tranquilamente o nome desta trilogia para Trilogia do Sofrimento, pois todos os personagens desde os Idiotas até Dançando no Escuro sofrem com as consequências de seus atos, como o amor obsessivo de Bess (personagem de Emily Watson em Ondas do Destino), a inconformação com a sociedade burguesa em O Idiotas e a desesperada tentativa de salvar seu filho da cegueira de Selma (personagem de Bjork). Selma é uma mulher apaixonada por musicais, principalmente os americanos, e tenta uma vaga como a personagem Maria na peça A Noviça Rebelde, que será encenada no teatro da cidade, porém ela tem uma rotina carregada por causa de seu emprego em uma fábrica de alumínio onde também trabalha sua melhor amiga Kathy (Catherine Deneuve).


O filme mostra a incessante busca de Selma (que cada dia vai perdendo ainda mais a visão por causa de uma doença hereditária) atrás de ganhar mais dinheiro para assim poder pagar a operação do filho Gene, pois como a doença é hereditária ela se sente culpada com a possibilidade do filho também ficar cego como ela. Kathy desempenha o papel de mãe na vida de Selma, ajudando-a com a batalha diária que é a rotina da personagem de Bjork. Para fugir da realidade, Selma usa sons ritmados para aproveitar e sonhar, sonhos estes em forma de musicais onde todos a sua volta cantam e dançam (ponto mais que positivo para o filme, pois cada sonho é um pequeno musical, com todas as músicas cantadas pela Bjork). O dinheiro leva à cobiça do "amigo" policial Bill (David Morse), que em um ato de desespero muda o destino de todos no filme, principalmente o de Selma.
Para nós o ponto alto do filme é a música "I've seen it all" que ganhou indicações no Oscar e Globo de Ouro. O filme participou de várias categorias em várias premiações, alcançando os maiores prêmios no festival de Cannes, os de melhor filme e melhor atriz para Bjork. No Oscar
ela chamou mais atenção no tapete vermelho do que com o filme em si, já que apareceu com um dos modelitos mais famosos de todos os tempos, pois como se trata de Bjork não poderia ser diferente. Na nossa opinião: foi foda!


Vejam essa pérola do Lars Von Trier unindo forças com a excepcional Bjork. Filme inesquecível, até porque é um fato: lágrimas, muitas lágrimas.


3 comentários:

Anna =) disse...

Que bom que vc frisou q a Anna não curte muito =p

Ju Lugarinho disse...

Claro que eu não poderia deixar de comentar NESSE filme, que nos rendeu uma ótima discussão no nosso último encontro. O filme mais triste que eu já vi, de longe! I Am Sam, com suas músicas dos Beatles e o Sean Penn fully retarded ficam beeeeem pra trás, e olha que nesse eu também chorei bastante!
Enfim, Dancer In The Dark é um filme impressionante, tanto pela história que à princípio eu não dei nada, e ainda também pela a atuação da Björk, que com sua extrema sensibilidade conseguiu dar um toque especial à personagem, ficando bem no nível da grande Catherine Deneuve(digo, não deveu nda em termos de atuação). Eu não consigo imaginar nenhuma outra pessoa nesse papel. E as músicas, claro, dão um toque muito especial ao filme. O que seria da cena final se não fosse a música 107 Steps?! E I've Seen It All com a participação singela e quase imperceptível do Thom Yorke, hehe!
Super vale a pena assistir, mas sem um lencinho do lado, não rola...

Vitor Silos disse...

fala lugarinho!
realmente bjork não ficou devendo nada aos outros atores profissionais, ela está perfeita nesse filme, não da mesmo para imaginar outra pessoa nesse papel