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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Audition (Odishon, 1999)


Diretor: Takashi Miike
Roteiro: Ryu Murakami, Daisuke Tengan
Elenco: Ryo Ishibashi, Eihi Shiina, Tetsu Sawaki, Jun Kunimura, Renji Ishibashi, Miyuki Matsuda

Pouquíssimos filmes me mexeram do jeito que esse me afetou. Já sei porque sempre evitei de ver esse filme, a violência e as cenas são fortes, e olha que eu sou fã de terror hein...
O filme é completamente dividido em duas partes, a primeira, mais longa, nos mostra o reencontro do amor de um sujeito que perdera sua esposa e acreditava que não iria amar mais, e a segunda parte, em que a real face dos personagens veem a tona.
O filme começa com a morte da esposa de Aoyama (Ryo Ishibashi), sete anos depois ele ainda é incapaz de se relacionar com outra mulher, seja por falta de tempo seja por falta de interesse, o seu filho o encoraja a encontrar alguém e seu parceiro de trabalho tem uma idéia de achar a mulher ideal para ele, como eles trabalham com cinema, eles promovem uma audição (teste para atores) feminina e dali ele tiraria a mulher ideal para ele.
Antes mesmo da audição, vendo o currículo de cada atriz, ele acaba se interessando por uma específica, fato que irá ser comprovado com o encontro dos dois na audição. O interesse é tão grande que ele acaba convidando ela para sair e começa o romance.
Asami (Eihi Shiina) parece ser a mulher perfeita, linda, obdiência nipônica e aparência frágil, tudo isso faz com que Aoyama se apaixone. Ele programa um romântico fim-de-semana com ela em um hotel onde ele irá pedi-la em casamento, tudo isso contra a vontade do amigo (ele pesquisou sobre a vida dela e achou coisas estranhas, mas como o amor é cego...). Tudo corria muito bem até que quando ele acorda no dia seguinte na cama do hotel ela não está ao seu lado. Ela sumiu.

Partimos para a segunda metade do filme, ele vai em busca sobre o paradeiro do seu amor e tudo vai ficando mais absurdo ainda, desde o velho pianista que a abusava na infância, até a vítima da bolsa (quem viu nunca mais vai esquecer essa cena). As histórias vão se entrelaçando e o passado de Asami deixou tantas sequelas nela que hoje ela é incapaz de acreditar em um homem e faz com que ele pague por todas as atrocidades às quais ela passou na infância.
As cenas realmente são fortes e impactantes, aqui o caminho foi aberto para os Jogos Mortais e Albergues da vida, é a base do gore, com direito a Asami de roupa masoquista e agulhas de acupuntura.
Não tem como comentar sobre as cenas, primeiro que seriam spoilers desnecessários, e segundo que ver é melhor que ler (em alguns casos, óbvio!).
O diretor, Takashi Miike, é considerado um dos diretores japoneses mais controversos e radicais de toda história, é dele outro fenômeno violento, Ichi the Killer.