domingo, 30 de maio de 2010

Café da manhã em Plutão (Breakfast on Pluto, 2005)


Direção: Neil Jordan
Roteiro: Neil Jordan, baseado em livro de Pat McCabe
Elenco: Cillian Murphy, Liam Neeson, Stephen Rea, Brendan Gleeson, Gavin Friday

Tenho que dizer que esse filme superou todas as minhas expectativas que ja eram altas, tudo no filme funciona incrivelmente bem, atuações de primeira, com um Cillian Murphy muito inspirado, fotografia, direção, roteiro, tudo muito bem construido!
No começo do filme somos apresentados a Patrick, um jovem deslocado tanto social quanto sexualmente por ser muito afeminado ora beirando a androgenia, utilizando de seu humor sarcastico para tentar sobreviver em uma Irlanda altamente católica, contradições a parte, ele é filho de um padre com uma empregada doméstica e foi adotado por uma religiosa que odeia o seu comportamento feminino. Até que ele resolve ir pra Londres procurar sua mãe biológica e lá nessa cidade tão grande para ele, que veio de uma pequena vila, descobre o mundo e descobre si mesmo. Em torno de seus mais de trinta curtos capítulos, Patrick conhece pessoas que de algum modo muda sua visão de um mundo que para ele era desconhecido, até preso ele vai (numa das cenas mais engraçadas do filme porque ele passa a gostar de ficar preso e quando é solto reluta em sair da cadeia e é tirado de lá a força). E é justamente um dos policiais que o ajuda a conseguir um emprego que não seja na prostituição e nesse local ele finalmente consegue pistas sobre sua mãe, ele vai até ela e conhece uma mulher simples, educada, mãe de família dedicada e percebe que toda a jornada que fez em busca dessa mulher serviu para um auto conhecimento, muito mais do que conhecer a verdadeira mãe, já que no começo dessa sua jornada, Patrick se transforma em Patty Kitten, codinome que ele faz questão que o chamem.



Bom, a caracterização dos personagens é outro ponto positivo do filme, principalmente o figurino que teve todo um cuidado de retratar uma certa época, outro ponto interessante é que o roteiro não faz julgamentos morais como tantos outros, em momento algum o filme se preocupa em dizer o que é certo ou o que é errado, deixando o público fazer seus próprios julgamentos.
Ótimo filme mesmo, recomendo!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Grito de Horror (The Howling, 1981)


Direção: Joe Dante
Roteiro:
John Sayles e Terence H. Winkless, baseado num romance de Gary Brandner
Elenco: Dee Wallace, Patrick Macnee, Dennis Dugan, Christopher Stone

Finalmente consegui assistir esse filme que é considerado um dos melhores filmes de lobisomem já feito, juntamente com Um Lobisomem Americano em Londres.
O filme começa com o noticiário de um banho de sangue, um serial killer está solto matando geral em uma cidade e uma repórter, Karem White personagem de Dee Wallace, está mantendo contato com o assassino (tudo para um furo de reportagem), até que eles se encontram e aí que o filme começa a ficar bom. Por recomendações médicas, ela e seu marido vão passar uma temporada em um local afastado da cidade, a Colônia. Não estragarei a surpresa para quem não viu ainda o filme, mas esse local mais as pessoas que moram lá guardam segredos e um pacto muito sinistro! Paralelamente à esses acontecimentos na Colônia, os amigos da Karen, um casal de repóter, começam a estudar e pesquisar sobre licantropia e vão juntando o quebra cabeça que é essa história do serial killer e os estranhos acontecimentos na Colônia. Tudo piora na vida da Karen quando seu marido é atacado por um animal e começa a aceitar as investidas da ninfomaníaca local.



O diretor de Piranha e Gremlins 1 e 2, pode estar sumido hoje em dia, o último filme que fez foi Looney Tunes: de volta a ação (péssimo por sinal...), mas lá pelos anos 80 ele era o cara, conseguiu fazer um filme com poucos recursos da época e simplesmente mandou muito bem na maquiagem, a transformação da pessoa no lobisomem não é muito boa não, porém o lobisomem é muito bem feito e coloca muita criatura digital de hoje em dia no chinelo!
O filme conta com cenas clássicas como a transa dos lobisomens, sim um lobisomem e uma "lobisoma" também fazem sexo, tudo a base de muito arranhão e baba! E outra cena clássica também, que chega a ser poética é a cena final, quando Karen mostra ao mundo uma verdade sobre a existência ou não de lobisomens.
Filme bom, que aconselho todos a assistir, quem tem medinho de filme de terror, não veja esse filme sozinho (o final do filme é recheado de lobisomens, um mais horripilante que o outro!).